Fundação GDA apoia 20 espetáculos de teatro e dança em concurso extraordinário

De um total de 108 projetos que concorreram ao concurso Extraordinário de Apoio a Espetáculos de Teatro e Dança 2018 promovido pela Fundação GDA, o júri externo, composto por Ana Pais, José Luis Ferreira e Maria de Assis Swinnerton, deliberou apoiar nove projetos na área do teatro, sete na dança e quatro nos cruzamentos disciplinares.

O montante total de apoios neste concurso extraordinário ascende aos € 149.103,00 e será distribuído pelas seguintes candidaturas:

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Candidatura nº 1665 – Público Reservado – Teatro

Candidatura nº 1672 – Tiago José Nascimento Cadete – Teatro

Candidatura nº 1708 – Má Criação – Teatro

Candidatura nº 1714 – Auéééu – Associação – Teatro

Candidatura nº 1717 – Associação Parasita – Dança

Candidatura nº 1731 – Outro Vento, Associação Cultural – Dança

Candidatura nº 1737 – Sílvio Mendes Graterol Vieira – Teatro

Candidatura nº 1740 – Ana Rita Teodoro Costa – Dança

Candidatura nº 1743 – Henrique Miguel Furtado Perestrelo Vieira – Cruzamentos Disciplinares

Candidatura nº 1753 – Malvada Associação Artística – Teatro

Candidatura nº 1755 – Marco Alexandre Temporário Mendonça – Teatro

Candidatura nº 1767 – Sr. João – Associação – Cruzamentos Disciplinares

Candidatura nº 1770 – Marta Garcia Cerqueira – Dança

Candidatura nº 1773 – Associação Cultural Zona Não Vigiada – Cruzamentos Disciplinares

Candidatura nº 1779 – Pé de Pano – Projectos Culturais – Cruzamentos Discipinares

Candidatura nº 1794 – Teresa Fernandes de Oliveira Alves da Silva – Dança

Candidatura nº 1795 – Colectivo Lagoa – Dança

Candidatura nº 1804 – Associação Cultural Truta – Teatro

Candidatura nº 1813 – Lígia Maria Soares – Teatro

Candidatura nº 1843 – Associação Teatro Experimental de Lagos – Dança [/expand]

Circunstâncias excecionais permitiram que, este ano, o Conselho de Administração da Fundação GDA deliberasse a abertura, em julho, de um concurso extraordinário para apoiar espetáculos de Teatro e Dança, com um montante de €150.000, tendo sido fixado um valor máximo de € 7.500 a atribuir a cada projeto.

Recorde-se que programa de Apoio a Espetáculos de Teatro e Dança visa apoiar a produção e apresentação pública de projetos nos domínios do teatro, da dança e dos cruzamentos disciplinares. Os objetivos centrais deste programa são a promoção de oportunidades para o desenvolvimento da atividade profissional de atores e bailarinos, e dinamizar a oferta e a diversidade criativa nestas áreas, prestigiando a carreira profissional dos artistas.

© Imagem do projeto Vila, de Eduardo Lousinha Breda, apoiado no âmbito do concurso de Apoio a Espetáculos de Teatro e Dança 2017.

Projeto #makethemost terá mais duas sessões em 2018

A lotação para a primeira edição do projeto #makethemost (Fundos Europeus para as Artes e a Cultura), que decorreu dia 2 de julho, no espaço do Pólo das gaivotas, esgotou poucos dias após o anúncio público da sua realização. Entretanto, quem ainda quiser saber como tirar o máximo proveito dos fundos Europeus para projetos culturais, poderá inscrever-se numa das sessões que já estão confirmadas até ao final do ano: a próxima será já no dia 17 de setembro, nas instalações da GDA em Lisboa. A seguinte, a 19 de novembro no espaço da Culturgest.

Esta iniciativa promovida pela Fundação GDA, com produção da Mapa das Ideias e A Reserva, visa aproximar a comunidade artística portuguesa dos fundos europeus e tem como objetivo motivar os artistas e transmitir-lhes conhecimento de como aproveitar melhor os fundos europeus para os seus projetos.

O #makethemost assenta na realização de sessões informais, que pretendem fomentar o diálogo e a troca de experiências, facilitando o acesso à informação sobre os financiamentos da União Europeia. Tudo isso enquadrado num ambiente informal de tertúlia ao final da tarde.

A sessão de 17 de setembro centra-se no Programa Erasmus+, Ação-chave 2 (KA2) – Cooperação para a inovação e o intercâmbio de boas práticas (Parcerias Estratégicas), em especial no aviso que atualmente se encontra a decorrer “Parcerias estratégicas no domínio da juventude”. 

“O objetivo desta sessão é apresentar as oportunidades de financiamento neste programa”, explica Francisco Cipriano, especialista em fundos Europeus e mentor da iniciativa. Para tal, serão dados a conhecer projetos ganhadores neste domínio, o Arts in Action da Pr’Animação – Associação de Animação Cultura – e o BeMore, constituído por uma parceria que envolve os municípios de Azambuja, de Moya (Espanha, Canarias) e de Castel Bolognese (Itália).

O projeto #makethemost surgiu em 2018, na sequência do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos dois anos, como uma das respostas da Fundação GDA à necessidade de criar mecanismos e metodologias para aprofundar a capacidade de relacionamento do setor artístico nacional com este universo. Este projeto não se ficará pelas três sessões de 2018, estando prevista a realização de mais seis sessões no ano seguinte, em diversas regiões do país.

“Com esta iniciativa, a Fundação GDA quer assumir um papel de catalisador, mediador e facilitador dos elementos que proporcionem uma maior fluidez na informação sobre programas comunitários dos quais os artistas possam beneficiar”, diz Mário Carneiro, diretor-geral da Fundação GDA.

Clicar aqui para saber mais sobre a 2.ª sessão

“A fórmula da GDA e Fundação GDA é extraordinária e lógica”

Escritora, ensaísta, jornalista. Cláudia Galhós é tudo isto. É, sobretudo, especialista em artes performativas. Presentemente, a autora de Pina Bausch e O Tempo das Cerejas, entre outros títulos, tem em mãos um projeto de livro dedicado às iniciativas, programas e políticas desenvolvidas pela GDA e pela Fundação GDA nos campos da ação cultural e social.

Trata-se de uma análise do caminho percorrido ao longo de uma década e de um olhar para o património, intelectual, económico, social e simbólico entretanto acumulado. Um trabalho que vai aferir o impacto da ação da GDA e da sua fundação no tecido criativo nacional e no papel público do artista intérprete na sociedade.

 

Tem feito um trabalho de sapa nos arquivos da GDA e da Fundação GDA. Qual a sua impressão, depois mergulhar neste trabalho?

Encontrei aqui uma perspetiva inteligente, generosa, justa e realista. O que sobressai imediatamente é o uso com integridade, e fundado nos valores essenciais de uma sociedade justa, dos recursos gerados pela sociedade capitalista para, sem a pôr em causa, investir e promover um dos seus pilares fundamentais: a cultura. E isso é extraordinário! E devo realçar que contei também com o trabalho realizado pela Carmo Burnay, a qual efetuou um levantamento labiríntico, em termos de números, documento a documento.

Como assim?

A GDA foi criada em 1996 para cobrar os direitos conexos dos artistas, intérpretes e executantes, fazendo por estes a distribuição proporcional das receitas que o seu trabalho gerou. Por imperativo legal, criou, dez anos depois, um fundo social e um fundo cultural para o qual tinha de alocar um mínimo de 5% das receitas cobradas. Essa percentagem representa um gesto altruísta de cada artista cooperador que abdica na distribuição de direitos e que reverte para um bem comum.

Ao criar a Fundação GDA, em 2009, para gerir esses fundos, alargou o âmbito da sua intervenção, passando a abranger não apenas os artistas cooperadores da GDA, mas toda a área artística, incluindo aqueles que trabalham na expressão mais experimental e alternativa, que não geram diretamente recursos financeiros. Ou seja, há um gesto inverso àquele que fundamenta o preconceito, que considero justo, relativamente à indústria cultural: a fundação vai alargar o âmbito de intervenção da cultura à arte, sustentada numa visão de sociedade de cidadãos emancipados, numa ideia de futuro, de civilização. Depois, em termos do que disponibiliza para esse investimento foi mais longe do que era a sua obrigação legal quando, em Assembleia-Geral de cooperadores se decidiu alocar um contributo mais generoso para as áreas social e cultural: 15 por cento. Isso aconteceu porque houve pessoas, como o Pedro Wallenstein [presidente da GDA], entre outros, que entendem não bastar fazer os mínimos para que o investimento nos artistas seja significativo e não apenas simbólico.

 

Qual a particularidade do posicionamento da GDA e da sua fundação no contexto dos apoios à atividade artística?

A GDA e a Fundação reconhecem que há uma lógica de funcionamento de um mercado de produção de bens. Neste caso, bens culturais. Esses têm um valor quantitativo e económico, mas também têm um valor qualitativo e simbólico fundamental. A articulação entre os dois multiplica o valor de ambos e contagia-os com um valor que, isolados, não teriam: valor material e imaterial, financeiro e imagético. Essa lógica funciona, gera dinheiro e viabiliza uma ideia de futuro sustentada na arte e na cultura como alicerces essenciais.

A GDA cobra e distribui o dinheiro gerado pelo trabalho dos artistas intérpretes e executantes. Depois, introduz um elemento ético e moral ao canalizar, através da fundação, uma percentagem das receitas para programas e iniciativas que têm um valor que podemos designar de justiça social. É o próprio mecanismo de funcionamento do mercado que permite que esse dinheiro seja canalizado para uma ideia mais diversificada e ampla.

Ou seja, as cobranças feitas pela GDA, além de remunerarem o trabalho dos artistas, revertem também para a área artística, cultural e das indústrias criativas, fomentando o desenvolvimento de todo este sector.

Isto é extremamente importante, porque vivemos numa sociedade capitalista em que cada vez é mais difícil as áreas artísticas existirem por elas próprias, o Estado revela-se incapaz de acompanhar o desenvolvimento da massa crítica e criativa que tem surgido e se tem diversificado em Portugal em todas as áreas, e é urgente encontrar fontes de investimento alternativo para as artes – não apenas a cultura ou indústria cultural – se não queremos abdicar de uma ideia de futuro. O mecenato não é suficiente, o apoio do Estado não consegue acompanhar a diversidade existente, instituições emblemáticas neste campo, como a Gulbenkian, estão a reduzir a sua contribuição… Ao mesmo tempo, é também cada vez mais difícil haver uma perceção pública da importância da criação artística e da indústria cultural quando assistimos às tensões criadas por estarem a ser postas em causa outras áreas básicas de salvaguarda do valor humano e do Estado social, como a saúde e a educação.

 

O que torna, para si, o trabalho da GDA e da Fundação GDA um caso de estudo interessante?

 

Se a Fundação GDA e a GDA são capazes de, usando um mecanismo capitalista, diversificar o âmbito de distribuição do investimento aos artistas, incluindo artistas, intérpretes e executantes que não participam, de um modo evidente e direto – apenas evidente e direto, porque participam mas é preciso ter visão para o reconhecer – nesse processo de produção de mais-valias, então é claramente um caso exemplar que prova que é possível pensar uma sociedade que inclua essa diversidade: arte que pesquisa, experimental, com sentido crítico e um mundo mais global de cultura, a indústria cultural.

Este facto é extraordinário: conseguir que os mecanismos da lógica do mercado capitalista funcionem para o bem comum. Cria-se um bem, música por exemplo, que produz dinheiro e remunera o trabalho, gerando um remanescente para ser investido na valorização do trabalho dos artistas, o que acaba também por enriquecer a base cultural e artística da sociedade. Esta fórmula é completamente extraordinária e lógica.

O efeito desse trabalho já é mensurável? Já se sente?

Sente-se a vários níveis. Os números, que estarão plasmados no livro, permitem fundamentar um discurso do valor quantitativo do que está a ser feito. É sobretudo a partir de 2015 que há um salto quantitativo imenso. Embora coincida com um retomar da economia, esse salto deve-se também a uma maior eficácia das cobranças feitas pela GDA e à própria evolução interna e organizativa da fundação. Nesta, assistiu-se a uma complexização das áreas de intervenção e das iniciativas, refletida na diversificação das áreas apoiadas e na forma mais estruturada e regular com que a fundação agora organiza os seus programas de apoio.

No plano qualitativo, os números revelam um imenso território e dinâmicas, quer ao nível do teatro, da dança, da música e do cinema, que só existem graças ao apoio de complemento que a Fundação GDA proporciona ou são muito marcados por ele.

 

Pode dar exemplos?

A circulação de espetáculos de artes performativas é um deles, mais ainda quando se continua a não conseguir resolver a questão da descentralização. O programa de Apoio à Edição Fonográfica de Intérprete é outro exemplo, aqui esse impulso tem permitido que sejam editados vários trabalhos de autor que acabam por ter sucesso, ou pelo menos impacto e reconhecimento comercial. Numa lógica pura de mercado, que filtra a produção mais por critérios quantitativos do que qualitativos, esses projetos não teriam tido a mesma capacidade de se concretizarem. Estes programas são fundamentais para regular essa lógica esmagadora.

45 projetos selecionados na primeira fase do Programa de Apoio à Edição Fonográfica de Intérprete 2018

Concluiu-se o processo de avaliação das candidaturas à primeira fase do Programa de Apoio à Edição Fonográfica de Intérprete 2018, através do qual a Fundação GDA apoia os artistas na edição dos seus discos, contribuindo para promover a fixação de repertório musical e a valorização das obras gravadas sobre as quais assentam os direitos conexos de utilização.

A esta primeira fase foram admitidos 132 projetos (há um ano foram 88). Depois de analisadas essas candidaturas, o júri externo, constituído por Gonçalo Frota, Henrique Amaro e José Júlio Lopes, selecionou 45 pelos quais serão distribuídos os € 150 000, 00 disponibilizados para esta fase do concurso (um aumento de 100% face aos valores do da primeira fase do ano passado).

Efetivamente, circunstâncias excecionais possibilitaram que a Administração da Fundação GDA procedesse a um reforço das verbas inicialmente previstas para a distribuição dos apoios ao abrigo deste programa. Assim, a verba total a distribuir pelas duas fases do concurso subiu dos € 150.000,00 (cento e cinquenta mil euros) inicialmente previstos para o valor final de € 300.000,00 (trezentos mil euros).

Em resultado deste aumento, o número de candidaturas apoiadas situa-se igualmente muito acima das inicialmente previstas, passando dos 10 apoios de € 2.500 e outros 10 de € 5.000,00 para 30 apoios no valor de € 2.500 e 15 apoios no valor de € 5.000.

Em termos geográficos, os projetos apoiados dividem-se da seguinte maneira: 18 são originários de Lisboa, oito de localidades da região da Grande Lisboa, sete da região Centro, cinco do Norte, cinco do Porto e dois do Sul.

Na divisão por géneros musicais, foram apoiados nove projetos de pop/rock, sete de música clássica, quatro de jazz, quatro de música tradicional/popular, dois de hip-hop e 19 de outros géneros.

A segunda fase deste Programa de Apoio decorrerá entre 10 e 28 de setembro.

Através do programa de Apoio à Edição fonográfica de intérprete, a Fundação GDA procura manter e expandir a relevância da sua intervenção ao serviço de uma área considerada crítica para o desenvolvimento do mercado discográfico nacional e para o suporte à criação musical portuguesa, numa perspetiva de promover a diversidade das expressões musicais e o acesso e usufruto dos cidadãos à criatividade musical.

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  • Processo nº 1170 – Ana Márcia de Carvalho Santos
  • Processo nº 1172 – Diogo da Costa Alves Pinto
  • Processo nº 1174 –  João Guimarães Ferreira
  • Processo nº 1181 – Pedro Miguel Ferreira Franco
  • Processo nº 1187 – Joana Patrícia Diogo Guerra
  • Processo nº 1206 – Hugo Oliveira
  • Processo nº 1210 – Sebastião de Vasconcelos Cabral Bravo de Macedo
  • Processo nº 1212 – Daniel António Correia Catarino
  • Processo nº 1214 – Joaquim Manuel Ferreira Teles
  • Processo nº 1224 – Daniel do Rosário Rodrigues Bernardes
  • Processo nº 1227 –  Afonso Franco de Sousa Cabral
  • Processo nº 1229 – Miguel Elvas Gonçalves Maçedo Caixeiro
  • Processo nº 1244 – Jeffery Francisco Davis
  • Processo nº 1246 – Pedro Loureiro Fazenda
  • Processo nº 1256 – Pedro Miguel Ramos Salvador
  • Processo nº 1259 – Teresa Aleixo Almeida Santos
  • Processo nº 1260 – Deolinda da Encarnação Candeias Valadas Vermelhudo Soldado
  • Processo nº 1261 – Sofia Faria Fernandes
  • Processo nº 1262 – Pablo Javier Subatin
  • Processo nº 1264 – Tiago Saidi-Gay
  • Processo nº 1267 – Luís Miguel Sousa Costa
  • Processo nº 1271 – João Gualdino da Cunha Ferreira Gagliardini Graça
  • Processo nº 1272 – Anabela Fernandes Duarte
  • Processo nº 1273 – Roberto David Fernandes Afonso
  • Processo nº 1276 – Nuno Miguel Areia Soares
  • Processo nº 1280 – Hugo Miguel Ramos Oliveira
  • Processo nº 1284 – Francesco Luciani
  • Processo nº 1285 – Eduardo de Sousa Cardinho
  • Processo nº 1288 – Luis Miguel da Fonseca Raimundo
  • Processo nº 1291 – Nuno Miguel Cruz Côrte-Real
  • Processo nº 1294 – Liliana Andreia Carvalho da Costa Casal Rochão
  • Processo nº 1297 – Joana Maria Carneiro Gama
  • Processo nº 1299 – João Paulo Janeiro dos Santos
  • Processo nº 1303 – Maria Beirão Quintino dos Reis
  • Processo nº 1305 – Alex Ismael Lima D’Alva Teixeira
  • Processo nº 1307 – Daniel Pereira da Rocha e Silva
  • Processo nº 1311 – Marta Pinho da Silva Campos
  • Processo nº 1312 – Bernardo Manzoni Palmerim
  • Processo nº 1313 – Abel Lucas Cardoso
  • Processo nº 1315 – Inês de Júlia Mackie Gonçalves Serrano Kilpatrick
  • Processo nº 1318 – Rui Carlos de Melo
  • Processo nº 1323 – Manuel António Dordio do Espírito Santo Dias
  • Processo nº 1324 – Ricardo Jorge Madureira Alves
  • Processo nº 1325 – Ana Catarina Ribeiro de Moura
  • Processo nº 1333 – Joana Barra Vaz dos Santos [/expand]

© Imagem de um concerto de Ademiro José Paris Miranda, cujo projeto discográfico foi apoiado, em 2017, pelo Programa de Apoio à Edição Fonográfica de Intérprete da Fundação GDA

 

 

 

 

 

 

Aprender a tirar partido dos fundos europeus em ambiente de tertúlia para artistas

A iniciativa #makethemost (Fundos Europeus para as Artes e a Cultura) arranca, já no próximo dia 2 de julho, entre as 18 e a 21 horas, no Polo Cultural das Gaivotas, em Lisboa (Rua das Gaivotas, n.º 8), e pretende dotar os artistas dos instrumentos que lhes permitem tirar o máximo proveito dos Fundos Europeus para as Artes e a Cultura.

A ideia subjacente é a de mitigar as dificuldades, criadas pela dispersão de informação por múltiplas plataformas, opacidade da linguagem ou as dúvidas técnicas e de carácter burocrático, que impedem o aproveitamento eficaz das oportunidades de financiamento disponíveis.

Com esta iniciativa, a Fundação GDA pretende motivar os artistas a recorrerem a esses fundos, e, transmitindo-lhes conhecimento, incrementar a sua capacidade de detetar oportunidades de financiamento para os seus projetos.

O #makethemost assenta na realização de sessões informais, que decorrerão em espaços culturais privilegiados, com o objetivo de fomentar o diálogo e a troca de experiências, facilitando o acesso à informação sobre os financiamentos comunitários. Tudo isso enquadrado num ambiente informal e agradável de tertúlia ao final da tarde.

“Uma das nossas ambições com estas iniciativas é a de incentivar a internacionalização e o desenvolvimento de projetos que reflitam o enorme talento dos artistas portugueses”, afirma Mário Carneiro, diretor-geral da Fundação GDA.

“Falar-se-á também de bons e maus exemplos, de projetos bem-sucedidos e enormes falhanços. Tudo excelentes exemplos de aprendizagem, por isso, será privilegiada a apresentação de casos concretos, convidando para isso os seus protagonistas”, explica Francisco Cipriano, o mentor da iniciativa e especialista em fundos europeus.

Assim, na sessão inaugural, que terá lugar, a 2 de julho, no Polo Cultural das Gaivotas, os convidados serão Nuno Saraiva e Rui Torrinha, do Westway LAB Festival, e Francisco Salgado, do Procurarte, para uma conversa solta sobre as respetivas experiências de internacionalização. Para o desenvolvimento desta iniciativa, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e o Polo Cultural das Gaivotas, a Fundação GDA criou uma parceria com a Mapa das Ideias e a Reserva, que garantem a produção dos eventos.

A moderação das sessões estará a cargo de Francisco Cipriano, cuja vida profissional está ligada aos instrumentos de apoio a políticas públicas, sobretudo no âmbito do desenvolvimento regional e da política de coesão, bem como de Joaquim Jorge, um dos fundadores de A Reserva e especialista na gestão de projetos Europeus.

Com esta iniciativa, a Fundação GDA volta a assumir um papel de catalisador, mediador e facilitador dos elementos que proporcionem uma maior fluidez na informação sobre programas comunitários dos quais os artistas possam beneficiar.

Recorde-se, que a Fundação GDA organizou, ao longo dos últimos dois anos, várias ações sobre fundos europeus, tendo em vista a necessidade de estimular os mecanismos e a criação de metodologia que contribuam para aprofundar a capacidade de relacionamento do setor artístico com este universo.

Uma das suas iniciativas de maior visibilidade pública concretizou-se em 2016, com realização do Seminário sobre Fundos Europeus para Artistas, realizado em Lisboa e no Porto, no qual participaram perto de 500 artistas. Sinalizou-se, dessa forma publicamente expressiva, a intenção de destacar como missão prioritária a necessidade de divulgar e de informar.

Para mais informações, visite esta página do nosso site

Cooperadores da GDA têm acesso gratuito às Conferências PROfissionais do Westway Lab

A quinta edição do Westway Lab decorre, de 11 a 14 de abril, em Guimarães. Os cooperadores da GDA poderão solicitar acesso gratuito.

A edição deste ano será, segundo os seus promotores, a maior e mais ambiciosa de todas as realizadas até agora. Este ano, haverá um país convidado, a Áustria e os festival contará com mais palcos, mais áreas temáticas nas conferências PRO (Westway PRO, WHY Portugal, INES), um projeto de criação, city showcases, residências artísticas, talks e muitos concertos.

Ao longo de quatro dias, promove-se um encontro de público, artistas e figuras de relevo da indústria musical nacional e internacional. Tendo o Centro Cultural Vila Flor como base de operações, o festival alarga-se para diversos locais da cidade, passa por espaços culturais históricos e cosmopolitas, bem como bares e restaurantes.

O crescimento do Westway Lab resulta de uma evolução natural que conta com uma rede de parceiros nacionais e internacionais, que acreditam e investem no projeto. Entre esses parceiros, está a Fundação GDA que apoia o Westway PRO.

O Westway PRO nasceu há 5 anos com a primeira edição do Westway LAB Festival. Na altura, as suas conferências, coorganizadas em parceria com a AMAEI – Associação de Músicos Artistas e Editoras Independentes, afirmaram este evento de forma humilde como a mais pequena conferência profissional de música da Europa – mas sempre com excelentes oradores como Peter Jenner, keynote speaker da primeira edição.

Este ano, o Westway PRO conta com a presença de Peter Smidt, fundador do Eurosonic, a dar a keynote interview. Contudo as conferências não ficam por aí, triplicando-se no Palácio Vila Flor em 3 salas temáticas: Westway PRO, WHY Portugal Event e INES Sessions. O programa completo pode ser consultado aqui.

Os cooperadores da GDA poderão participar gratuitamente nas conferências PRO. Para isso, deverão enviar um e-mail para comunicacao@gda.pt, mencionando o nome e o número de cooperador.

Para informações sobre a programação completa, consulte o site do West Way Lab.

 

Entrevista ao diretor-geral da Fundação GDA no Coffeepaste

Nesta entrevista conduzida por Carlos Custódio e captada pela objetiva de Pedro Mendes, Mário Carneiro falou sobre a intervenção da Fundação GDA em prol do desenvolvimento humano, cultural e social dos artistas interpretes e executantes, bem como da valorização e dignificação do trabalho e das suas carreiras. Mas não ficou por aí.

Em meia hora de conversa, houve espaço e tempo para muito mais, tendo sido abordando entre outros aspetos, a importância do trabalho dos artistas enquanto pilar do desenvolvimento social e económico do País.

Não perca. Veja aqui o vídeo

© Imagem: Coffeepaste

Novas regras permitem acesso às Bolsas Sénior a partir dos 60 anos

A Fundação GDA e a GEDIPE – Associação para a Gestão Coletiva de Direitos de Autor e de Produtores Cinematográficos e Audiovisuais – alargaram o âmbito do seu programa de Bolsas de Integração Profissional para Artistas Seniores, permitindo que atores e atrizes se possam candidatar já a partir dos 60 anos de idade, quando anteriormente a idade mínima permitida eram os 65 anos.

Além deste, foram introduzidos outros dois ajustamentos ao regulamento (leia aqui o regulamento) com o intuito de beneficiar um maior número de artistas e aumentar a possibilidade de acesso dos mesmos à base de dados que permite o seu eventual recrutamento para efeitos de contratação por parte dos produtores.

Face a essas alterações, poderão concorrer agora a estas bolsas, profissionais, que além da idade mínima de 60 anos, não tenham, nos 12 meses anteriores ao momento da atribuição da bolsa, rendimentos declarados provenientes da televisão ou do cinema superiores a € 2.500 (anteriormente não eram permitidos rendimentos no setor audiovisual) e que não usufruam de um rendimento anual ilíquido superior a € 15.000 (anteriormente o limite era de 1,5 salários mínimos por mês). Artistas que protagonizem as obras candidatas às Bolsas Sénior continuam a não poder concorrer a este programa.

Facilitar a reintegração funcional e profissional dos artistas seniores e prolongar a vida útil em final de carreira através de processos de envelhecimento ativo são dois dos objetivos principais desta iniciativa.

Destinadas a atores e atrizes profissionais de nacionalidade portuguesa ou (com residência fiscal em território nacional), as Bolsas de Integração Profissional visam, além disso, a aproximação dos profissionais mais velhos aos produtores cinematográficos, videográficos e televisivos. Por isso, o programa tem um site próprio (http://www.bolsasenior.pt) onde os profissionais se podem inscrever. Este constitui-se como uma base de dados e funciona como uma “bolsa de empregabilidade” para os inscritos.

Todo o processo decorre on-line, iniciando-se com o fornecimento por parte dos atores e das atrizes dos seus dados pessoais, contactos e o resumo da atividade profissional, para que a Comissão de Acompanhamento e Análise do Programa possa avaliar e validar a inscrição definitiva de cada artista. Depois da inscrição estar validada, será necessário fornecer informações como o nome artístico, o género, a altura, uma fotografia de rosto e um Curriculum Vitae detalhado (com indicação dos trabalhos realizados para o setor audiovisual). Facultativamente poderá ser ainda acrescentado um portefólio ou um showreel. Será com base nesses dados que os produtores farão posteriormente as suas escolhas, entrando diretamente em contacto com os profissionais selecionados.

Os produtores poderão consultar essa base de dados e escolher os atores a quem desejam fazer propostas de trabalho, sabendo à partida que as Bolsas Sénior suportam até 70% dos honorários dos profissionais até ao montante de 3.000 euros (ou 9.000 euros por projeto se forem contratados vários atores).

“Trata-se de iniciativa conjunta de grande alcance e que representa uma associação inédita entre duas organizações congéneres de gestão coletiva de direitos”, diz Mário Carneiro, diretor-geral da Fundação GDA.

O projeto resulta do esforço conjunto da Fundação GDA e da GEDIPE para fazer frente à precariedade do mercado de trabalho para os atores daquela faixa etária, visando corrigir algumas deficiências sentidas ao nível da proteção social e de apoio ao envelhecimento existentes no país.

Para 2018, este projeto conta com uma dotação orçamental de 90 mil euros, suportado em parte iguais pela GEDIPE e pela Fundação GDA.

 

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Arte Sem barreiras

Programa de apoio a artistas intérpretes com deficiência, na perspetiva de estimular e promover a sua valorização pessoal e profissional, através de mecanismos de apoio à formação e do incentivo à contratação por parte das organizações de produção artística.