O Fundo Cultural da Fundação GDA tem como objetivo valorizar o trabalho dos Artistas, apoiando a sua criação, desenvolvimento e divulgação. Nesse âmbito, entre outras iniciativas tomadas, que podem ser consultadas aqui, conta-se o “Programa de Apoio a Espetáculo ao Vivo e Tournée”. À semelhança dos restantes programas, o seu financiamento advém, por força da lei, essencialmente das compensações oriundas da lei da ‘Cópia Privada’.
A não atualização da legislação nos últimos dez anos levou a que o seu valor tenha vindo a diminuir anualmente de forma drástica, até à sua quase irrelevância.
Esta situação manter-se-á enquanto o poder político não concretizar o que vem prometendo há anos, ou seja, proceder à atualização adequada da lei da ‘Cópia Privada’.
A intenção de colocar, finalmente, a legislação em linha com a generalidade dos países europeus tem sido anunciada nos últimos dias.
É necessária a aprovação de uma lei que defenda os Direitos dos Artistas e não as margens de lucro dos comerciantes. Isso permitirá multiplicar muitas vezes os apoios disponíveis para esta vertente essencial da missão da Fundação GDA: desenvolver a carreira dos Artistas.
Por força destes constrangimentos, só foi possível afetar €30000 para a 1ª fase de 2014 do Programa acima referido, pelo que seria obviamente impossível contemplar a totalidade dos 86 pedidos de apoio recebidos para projetos abrangendo as áreas da Dança (11), da Música (31) e do Teatro (44), não deixando, porém, de todos terem sido analisados e classificados.
Atendendo a estas condicionantes, que não nos permitem senão ficar aquém do que queríamos fazer, do que era necessário e justo fazer, o Conselho de Administração da Fundação, deliberou apoiar os seguintes projetos de cada uma das áreas artísticas:
DANÇA
- “Presença” (DEMO)
- “Edge” (CIM)
- “Procura” (Eva Leitão Azevedo)
- “Shark” (Catarina Miranda)
MÚSICA
- “Guitarra e Sonatas” (Francesco Luciani)
- “Quartas Sinfonias de Schumann e Brahms” (Orquestra de Câmara Portuguesa)
- “Jazz-Reportórios de Big Band” (Jorge Costa Pinto)
- “Espelho” (Rogério Charraz)
- “Música em São Roque” (Diana Vinagre)
- “Uma Mulher, Uma Guitarra” (Marta Silva Mateus)
- “Digressão Internacional” (Susana Santos Silva)
- “Apresentação no Mercat de Música Viva de Vic” (Guillermo Blanes)
- “A Bunch of Meninos” (Pedro Gonçalves)
TEATRO
- “O Som e a Fúria” (Teatro Mosca)
- “A Cabeça Muda” (Rui Neto)
- “Dois Reis e um Sono” (Marco Medeiros)
- “Gôda” (Ana Lázaro)
- “Gil Vicente, Miguel Torga e Alves Redol” (Leirena Teatro)
- “Curva Ascendente” (Tânia Dinis)
- “Quatro Metades” (Buzico)
- “Distopia” (Ponto Teatro)
- “Radiografia de um Nevoeiro Imperturbável” (Teatro do Vão D’Escada)
Aos que agora ficaram de fora desta lista, gostaríamos de deixar claro que essa circunstância não está ligada ao mérito dos projetos, que muito gostaríamos de poder apoiar, mas à escassez dos recursos disponíveis, que nos é alheia.