Flávio Hamilton, Sandra Faleiro e Sérgio Praia vencem categoria principal do Prémio Atores de Cinema GDA09/12/2020
O prémio do Melhor Ator Secundário foi atribuído a Filipe Duarte, a João Pedro Mamede e a Catarina Wallenstein, no ano em que a Fundação GDA decidiu triplicar os artistas distinguidos. Já na categoria Novo Talento foram premiadas Beatriz Brás, Ana Vilela da Costa, e Igor Regalla. A 13ª edição do Prémio Atores de Cinema pretende também prestar uma homenagem a Filipe Duarte, falecido em abril.
Os vencedores do XIII Prémio Atores de Cinema da Fundação GDA – um prémio de atores para atores – na categoria Melhor Ator/Atriz Principal são: Flávio Hamilton, pelo seu papel de Tiago no drama Os Dois Irmãos, realizado por Francisco Manso; Sandra Faleiro, pela interpretação da personagem Leonor em A Herdade, de Tiago Guedes; e Sérgio Praia, pelo seu desempenho no filme Variações, de João Maia, baseado na vida do cantor António Variações.
Na categoria Melhor Ator/Atriz Secundário/a foram também distinguidos três artistas. João Pedro Mamede, que interpretou Miguel no filme A Herdade, e Catarina Wallenstein, pela interpretação da personagem Lili – uma artista de cabaret – na longa-metragem Mar, de Margarida Gil. Nesta categoria, foi também reconhecido o ator Filipe Duarte – que faleceu em abril deste ano – pelo papel de Fernando Ataíde, amigo e amante de António Variações, no filme Variações.
“Nesta ocasião aproveitamos para prestar uma sentida homenagem ao trabalho e talento de Filipe Duarte, que nos deixou prematuramente quando estava a atravessar um dos melhores momentos da sua carreira”, disse Mário Carneiro, diretor-geral da Fundação GDA.
Foram ainda premiados os seguintes Novos Talentos: Igor Regalla, pela sua personagem de jovem pugilista no Gabriel, o primeiro filme de Nuno Bernardo; Beatriz Brás, pelo papel de Teresa, e a Ana Vilela da Costa, pela interpretação de Rosa, ambas no filme A Herdade.
Devido à situação de pandemia, o Prémio Atores de Cinema Fundação GDA, criado em 2008, decorre pela primeira vez sem a habitual cerimónia pública de entrega dos galardões e sem as Jornadas de Trabalho para o Ator que a costumam anteceder.
Nesta edição do Prémio Atores de Cinema foram distinguidos nove profissionais – três em cada categoria.
Aos troféus Melhor Ator/Atriz corresponde um prémio pecuniário de €3.000 euros, aos de Melhor Ator/Atriz Secundário(a) um prémio de €2.000 euros e aos Novo Talento um prémio de 1.000€ euros.
O Prémio Atores de Cinema da Fundação GDA reconhece o mérito e a excelência do trabalho de interpretação dos atores e atrizes. Tem como traços distintivos o facto de a cada categoria corresponder a um valor pecuniário e o de se tratar de um reconhecimento entre pares – de artistas para artistas – com um júri diferente todos os anos.
O painel deste ano foi composto por Natália Luíza, Pompeu José e Rita Cabaço, os quais avaliaram o trabalho de interpretação dos colegas nas obras analisadas – produções cinematográficas de longa-metragem portuguesas, de ficção, estreadas comercialmente em sala entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2019.
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O JÚRI
Natália Luiza
Natália Luiza nasceu em Maputo, Moçambique, em 1960.
É licenciada em Teatro pela ESTC e com formação em Psicologia pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa e frequência no Mestrado de Estudos Africanos no ISCTE.
Ao longo de 40 anos de vida profissional tem dividido a sua atividade como Atriz, Encenadora, Formadora, Programadora e Dramaturgista.
Está ligada ao Teatro Meridional desde a sua formação e, nos últimos 21 anos, partilha com Miguel Seabra a Direção Artística da Companhia.
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Pompeu José
Pompeu José nasceu em 1956 em Lisboa. É ator e encenador.
Iniciou a sua carreira em 1979 no TAS – Teatro Animação de Setúbal Centro Cultural de Setúbal. Prosseguiu no Teatro o Bando durante cinco anos, até que em 1993 desempenha funções no departamento de Artes Cénicas, Trigo Limpo teatro ACERT.
Entre 1996 e 1998 foi Chefe de departamento da “Peregrinação”, Evento Regular Diurno da EXPO’98.
É Diretor artístico do Trigo Limpo teatro Acert desde 1993, com José Rui Martins.
Detentor de um vasto currículo, conta com várias participações em Teatro, Cinema e Televisão.
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Rita Cabaço
Rita Cabaço nasceu na cidade de Lisboa, em 1992. É Licenciada em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema em 2014 e tem o curso da Escola Profissional de Teatro de Cascais. Em 2010 estreou-se em A Nossa Cidade, de Thornton Wilder, encenação de Carlos Avilez no Teatro Experimental de Cascais.
Posteriormente trabalhou com vários encenadores, onde se destacam as seguintes peças: A Vida Vai Engolir-vos (2020), textos de Anton Tchekhov, encenação de Tonan Quito; Matança Ritual de Gorge Mastromas (2019), de Dennis Kelly, encenação de Tiago Guedes; Actores (2018), de Marco Martins, entre outras.
Participou na curta-metragem A Rapariga e o Sapo (2018), de Inês Oliveira e na longa-metragem Raiva (2018), de Sérgio Tréfaut, adaptação do romance Seara de Vento de Manuel da Fonseca, ambos estreias no Festival IndieLisboa 2018.
Em televisão integrou o elenco da série Sul, de Ivo Ferreira (RTP 2019); As Três Mulheres, de Fernando Vendrell, (RTP 2019); Lisboa Azul, de Luisa Fidalgo (RTP 2019); Conta-me como foi (RTP 2019).
Em 2015 funda a sua companhia Teatro da Cidade.
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Premiados na categoria Melhor Ator/Atriz Principal
Flávio Hamilton
Flávio Hamilton foi premiado pelo seu desempenho no papel de Tiago, no drama “Os Dois Irmãos”, de Francisco Manso Foto: D.R.
Flávio Hamilton nasceu em Cabo Verde a 28 de dezembro de 1976 na cidade do Mindelo, ilha de São Vicente.
Iniciou no teatro na Escola Salesiana do Mindelo, e posteriormente no Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo.
No ano de 1999 foi admitido no curso de interpretação da Academia Contemporânea do Espectáculo (ACE) na cidade do Porto.
Atualmente faz parte da equipa artística do Teatro Art’Imagem da cidade do Porto.
No ano de 2016 foi distinguido com o Prémio de Mérito Teatral pela associação cultural Mindelact.
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Sandra Faleiro
Sandra Faleiro interpretou a personagem Leonor em “A Herdade”, de Tiago Guedes, sendo selecionada pelo júri para Melhor Atriz Principal. Foto: D.R.
Sandra Faleiro é licenciada em Teatro – Ramo Atores, na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa.
No cinema participou em filmes como Um Passo, Outro Passo e Depois (1989) e Xavier (1992) de Manuel Mozos, Medo (1992) de Luís Alvarães, Menos Nove (1997) de Rita Nunes, Aqui na Terra (1993) de João Botelho, entre outros.
Em teatro, participou em peças como A Reconquista de Olivenza, encenação de Ricardo Neves-Neves ; ZOOM de Donald Marguilies, encenação Diogo Infante (2019); Dois Homens Completamente Nus de Sébastien Thiéry, encenação Tiago Guedes em 2007 e outros trabalhos em teatro.
Em televisão, a atriz tem participado em séries e novelas (2020 – Glória, série da Netflix; 2019 – série da RTP1, Terra Nova; 2017 – Madre Paula; 2013/2014 – O Beijo do Escorpião, como Natália de Albuquerque; 2011/2012 – Anjo Meu, como Vera Calado, 2009/2010 – Morangos Com Açúcar; entre outros.
Em 2019 foi nomeada com o Leão de Ouro Melhor Atriz Cinema, no Festival de Cinema de Veneza, pela sua interpretação no filme A Herdade.
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Sérgio Praia
Sérgio Praia destacou-se ao interpretar o papel do cantor António Variações no filme “Variações”, de João Maia. Foto: João Pina
Sérgio Praia concluiu o Curso de Interpretação da Academia Contemporânea do Espectáculo no Porto, cidade onde deu os primeiros passos teatrais pela mão de encenadores como José Wallenstein (Coração de Pugilista), Joana Providência (Causa Efeito, Eu Sou Como Tu És), António Capelo (Terra e Sangue, Animal Killer, Desculpas), entre outros.
Mais tarde, em Lisboa, trabalhou com as mais diversas companhias e os mais diversos encenadores donde se destaca: Macbeth, de Heiner Müller, encenação de Bruno Bravo (Casa Conveniente); Boneca, de Henrik Ibsen, encenação de Nuno Cardoso (Teatro Nacional D. Maria II); Cândido, de Voltaire, encenação de Cristina Carvalhal (Teatro Maria Matos), entre outros.
Figura habitual do pequeno ecrã, participou em numerosas novelas e séries de entre as quais Saber Amar (TVI), Inspector Max (TVI), Serranos (TVI), Triângulo J (RTP), Dei-te Quase Tudo (TVI), Floribella (SIC), entre outras.
Em cinema, participou nos filmes Parque Mayer, de António-Pedro Vasconcelos e Gabriel, de Nuno Bernardo.
Em 2018 foi protagonista do filme Variações, de João Maia, dando vida a António Variações, interpretação que lhe valeu o Prémio Sophia e o Prémio SPA Autores, ambos como Melhor Actor de Cinema.
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Premiados na categoria Melhor Ator/Atriz Secundário/a
Catarina Wallenstein
Catarina Wallenstein interpretou Lili, uma artista de cabaret, na longa metragem “Mar”, de Margarida Gil Foto: D.R.
Catarina Wallenstein nasceu em 1986. Estudou teatro na ESTC e no CNSAD em Paris. Desde 2004 tem trabalhado em teatro, cinema e televisão.
Atuou em filmes como Lobos de José Nascimento, Um Amor de Perdição de Mário Barroso, Singularidades de uma Rapariga Loira de Manoel de Oliveira (Globo de Ouro Melhor Actriz), Filme do Desassossego, Peregrinação, O Ano da Morte de Ricardo Reis (2020) de João Botelho, Mar de Margarida Gil (2019), Um Animal Amarelo de Felipe Bragança (2020).
Estreou-se na realização com a média-metragem Tragam-me a Cabeça de Carmen, em 2019.
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Filipe Duarte
Filipe Duarte desempenhou o papel de Fernando Ataíde, amigo e amante de António Variações, no filme “Variações”. Foto: D.R.
Filipe Duarte nasceu a 5 de junho de 1973 em Angola e licenciou-se pela Escola Superior de Teatro e Cinema, frequentando depois o IFICT – Instituto de Formação, Investigação e Criação Teatral, ambos em Lisboa.
Iniciou a carreira, interpretando Gil Vicente, Shakespeare ou Mia Couto nos palcos como o Teatro da Trindade, o Teatro da Garagem e o Teatro Meridional, e estreou-se nos ecrãs em 1997 com 13º Buraco, uma curta-metragem.
No cinema, trabalhou em Os Imortais (2003), Um Tiro no Escuro (2005), A Outra Margem (2007) ou A Vida Invisível (2013) com, respetivamente, António Pedro Vasconcelos, Leonel Vieira, Luís Filipe Rocha e Vítor Gonçalves.
Na ficção nacional, participou em telenovelas como Amor de Mãe, apareceu em Fúria de Viver (2002), da SIC, como Pedro Lacerda, e destacou-se em Belmonte (2014) da TVI como João, um dos cinco irmãos Belmonte.
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João Pedro Mamede
João Pedro Mamede destacou-se pela interpretação de Miguel no filme “A Herdade”. Foto: D.R.
Nasceu em Almada e ali começou a sua formação, no projeto Cena Múltipla, orientado por Francis Seleck, Pedro D’Orey e Catarina Pé-Curto.
É diplomado em Teatro pela ESTC e estreou-se em 2011 com o monólogo A 20 de Novembro de Lars Nóren, encenação de Francis Seleck.
Trabalha com os Artistas Unidos desde 2013, em textos de Georg Büchner, Antonio Tarantino, Heiner Müller, Simon Stephens, Jorge Silva Melo, Harold Pinter, entre outros.
Fundou a companhia Os Possessos, onde cria os espetáculos Rapsódia Batman (2014), II – A mentira (2015), Marcha invencível (2017), O Novo Mundo (2018) e A bolha (2019). Em cinema, trabalha com Ivo M. Ferreira, Jorge Silva Melo, Márcio Laranjeira, Mário Barroso, Miguel Nunes, Pedro Cabeleira e Tiago Guedes.
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Premiados na categoria Novo Talento
Ana Vilela da Costa
Ana Vilela da Costa interpretou Rosa no filme “A Herdade”. Foto: D.R.
Ana Vilela da Costa é atriz e criadora.
É licenciada em Antropologia pelo ISCSP e Mestre em Interpretação pela ESTC e em Teatro pela DAS Theatre AHK (Amesterdão). Enquanto intérprete, trabalha regularmente em cinema, teatro e performance.
Enquanto criadora, explora fronteiras entre realidade e ficção numa prática interdisciplinar que junta performance e vídeo/fotografia para abordar temas como memória e arquivo, ficção científica e pós-humanismo.
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Beatriz Brás
Beatriz Brás desempenhou o papel de Teresa em “A Herdade” Foto: D.R.
Beatriz Brás nasceu em 1993, em Lisboa.
Estreou-se em televisão em 2006. Licenciou-se em Teatro (Actores) em 2014 e concluiu o Mestrado em Teatro (Artes Performativas) em 2017, na ESTC.
Em 2017, apresentou no TNDMII os espetáculos Esquecer, de J.P. Bucchieri, e Sopro, de Tiago Rodrigues, com digressão internacional até 2019.
Estreou-se no cinema numa curta-metragem de Miguel M. Cabral e em 2018 participou no filme A Herdade, de Tiago Guedes. É membro fundador da companhia auéééu – Teatro, em cujos projetos participa, desde 2014, enquanto criadora e atriz.
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Igor Regalla
Igor Regalla desempenhou o papel de um jovem pugilista no filme “Gabriel”, a primeira longa-metragem de Nuno Bernardo. Foto: D.R.
Igor Regalla frequentou o Curso de Interpretação da Escola Profissional de Teatro de Cascais entre 2007 e 2010. Já na ACT, com Rui Luís Brás e João Cayatte, frequentou o Workshop de Interpretação Perante Câmaras (TV e Cinema), em 2007.
O seu último trabalho teatral (interrompido devido ao Covid19) foi A Peça Que Dá Para o Torto, com encenação de Hannah Sharkey e produção da UAU, que estava em cena no Casino de Lisboa.
Como ator participou ainda em espetáculos como O Inferno (Bernardo Santareno) Dom Carlos (Teixeira de Pascoaes), Muito Barulho Por Nada (W.Shakespeare) Deserto, Deserto (Jean Pierre Renault) A Nossa Cidade (Thornton Wilder) todos encenados por Carlos Avilez.
Em televisão, Igor integrou o elenco fixo da segunda série de Nazaré (SP/SIC) e grava a série Capitães do Açúcar (Filmes do Tejo/RTP).
Em cinema, integrou o elenco do filme Doce, realizado por Patrícia Sequeira.
A sua interpretação em 2018 no filme Gabriel, de Nuno Bernardo, valeu-lhe as nomeações para Melhor Actor Principal nos Prémios Sophia e a de Melhor Actor de Cinema nos Globos de Ouro.
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