Durante a cerimónia de entrega dos galardões do VII Prémio de Atores de Cinema Fundação GDA a Rita Durão e Paulo Pires, respetivamente Prémio Melhor Atriz Principal e Prémio Melhor Ator Secundário, numa Cerimónia realizada no Cinema São Jorge em Lisboa, André Gago, Presidente do Júri desta edição dos Prémios, afirmou que está na altura dos diferendos judiciais chegarem a uma conclusão e as televisões procederem ao pagamento dos direitos devidos aos artistas. André Gago defendeu ainda que o canal de televisão pública, justamente porque existe para prestar um serviço público a todos os cidadãos, deveria ser o primeiro a pagar e assim dar o exemplo do modelo de relacionamento correto entre televisões e artistas.

Rita Durão foi designada para o Prémio Melhor Atriz Principal da Fundação GDA pelo seu trabalho no filme “Em Segunda Mão”, e Paulo Pires, para o Prémio Melhor Ator Secundário, pela sua interpretação no filme “Até Amanhã Camaradas”. O Júri do VII Prémio de Atores de Cinema Fundação GDA foi composto por André Gago, Beatriz Batarda e Leonor Silveira.

A organização da Edição de 2013 deste prestigiado galardão foi da responsabilidade da Fundação GDA, tal como nos anos anteriores, na esteira da sua missão de desenvolvimento da ação cultural e da ação social da GDA.

O Júri do VII Prémio de Atores de Cinema Fundação GDA avaliou o desempenho dos atores e atrizes que participaram nas longas-metragens de produção nacional com estreia comercial no ano 2013.

Os vencedores receberam, além do respetivo galardão, a quantia de €3.000 categoria Prémio de Melhor Atriz Principal e de € 2.000 categoria Prémio de Melhor Ator Secundário.

As edições anteriores do Prémio de Atores de Cinema Fundação GDAdistinguiram Ivo Canelas como Melhor Actor Principal, pelo seu desempenho nos filmes «Call Girl» e «O Mistério da Estrada de Sintra»; José Eduardo como Melhor Actor Secundário, pelo seu desempenho nos filmes «Julgamento», «Corrupção» e «Dot.com»; Anabela Moreira e Tiago Rodrigues como Melhor Atriz Principal e Melhor Actor Secundário respetivamente, pelas suas representações no filme «Malnascida»; Soraia Chaves e Virgílio Castelo como Melhor Atriz Principal e Melhor Actor Secundário por «Salazar – A Vida Privada» e «Um Amor de Perdição», respetivamente; Leonor Baldaque e São José Correia, pelos filmes de longa-metragem «A Religiosa Portuguesa» e «O Inimigo Sem Rosto», como Melhor Atriz Principal e Melhor Atriz Secundária; Fernando Luís e Nuno Lopes que venceram ex-aequo o Prémio de Melhor Ator Principal pelas suas interpretações nos filmes “América” e “Sangue do Meu Sangue”, respetivamente, e Rita Martins como Melhor Atriz secundária pela sua representação filme de longa-metragem “Efeitos Secundários”; e Dalila do Carmo e Ângelo Torres pelos seus desempenhos nos filmes “Florbela” e “Estrada de Palha” respetivamente.

Sobre Rita Durão

Rita Durão nasceu em Lisboa em 1976.

No teatro trabalhou com encenadores como João Perry, Fernando Heitor, Luís Miguel Cintra, Christine Laurent, Jorge Silva Melo, Ricardo Aibéo, Rafaela Santos, Nuno Cardoso, António Quito. O seu percurso teatral está no entanto fortemente marcado pelas colaborações frequentes com o Teatro da Cornucópia.

No cinema trabalhou com João César Monteiro, José Álvaro Morais, José Fonseca e Costa, Alberto Seixas Santos, Catarina Ruivo, João Constâncio, Rita Azevedo Gomes, Bruno Ramos, Inês Oliveira, Maria de Medeiros, Jane Waltz, Jacinto Lucas Pires.

Em televisão participou recentemente em séries como Conta-me Como Foi, Liberdade 21 e Cidade Despida.

Trabalhou também com realizadores como Ana Luísa Guimarães, Francisco Manso, Sérgio Graciano, Paolo Marinau-Blanco, António Pires e Luís Alvarães.

Paralelamente ao seu percurso como atriz iniciou-se na orientação e dinamização da disciplina/oficina de Expressão Dramática.

Começou a fazer teatro na Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Carnaxide, no Grupo de Teatro 4o Período O do Prazer, orientado por António Fonseca. Projeto emblemático de integração e interação da comunidade escolar com as variadas faixas que a rodeiam através do Teatro e da Expressão Dramática.

Sobre Paulo Pires

No teatro, ao longo da sua carreira, participou nas peças A Minha Noite com o Gil (1996) com encenação de Fernando Heitor, Real Caçada ao Sol (2000) encenado por Carlos Avillez, O Avião de Troia, A Maçã no Escuro, Menina e Moça (1996, 2000 e 2003) com encenação de Maria Emília Correia, Copenhaga (2003 e 2005) com encenação de João Lourenço, Pequenos Crimes Conjugais (2007) com encenação de José Fonseca e Costa, Rock’n´Roll (2008) e O Deus da Matança (2009) com encenação de João Lourenço, entre outros, e a mais recente peça em cena A Noite com encenação de José Carlos Garcia (2013/14). Interpretou o narrador de Pedro e o Lobo, de Prokofiev, e O Lobo Diogo e o Mosquito Valentim, de Eurico Carrapatoso no Concerto de Natal da Orquestra Nacional do Porto, com direção musical do Maestro João Paulo Santos e direção cénica de Ricardo Pais.

Estreou-se no cinema em 1994 com Zéphiro de José Álvaro de Morais e, desde então, tem participado regularmente em curtas e longas-metragens. Dos seus trabalhos, destacam-se Cinco Dias, Cinco noites de José Fonseca e Costa, O Milagre Segundo Salomé de Mário Barroso, Un Suave Olor a Canela de Giovanna Ribes (Espanha), Até Amanhã Camaradas e Quarta Divisão de Joaquim Leitão.

Em televisão, além de Portugal, tem gravado também no Brasil e em Espanha, tendo-se destacado em vários tipos de projetos, entre os quais: a novela Salsa e Merengue (Rede Globo); Terra Mãe (RTP); Ganância (SIC); Olhar da Serpente (SIC); Deixa-me Amar (TVI); Olhos nos Olhos (TVI) ou Belmonte (TVI), nas séries Jornalistas (SIC); Fúria de Viver (SIC); Ana e os Sete (TVI); O Segredo (co-produção luso-brasileira, RTP); Los Serrano (Tele5); Fuera de Control (TVE); Ellas y el Sexo Débil (Antena 3), Equador (TVI) e Bairro (TVI), etc. Participou nos telefilmes Aniversário, de Mário Barroso (SIC), 29 Golpes, de Jorge Paixão da Costa (RTP), La Baronesa (Tele5) e mais recentemente em Ein Sommer in Portugal (ZDF) rodado em língua Alemã.

Em 1996 e 1997 recebeu os Globos de Ouro, Teatro-Personalidade do Ano e Actor Revelação, e em 2004 foi nomeado para melhor ator com a peça Copenhaga de João Lourenço no Teatro Aberto. Em 2014 foi já nomeado para o Globo de melhor ator com o filme Quarta Divisão de Joaquim Leitão.