Um Corpo Estranho

 

Na música de João Mota e Pedro Franco, o duo Um Corpo Estranho, a estranheza a pensa à designação é coisa de uma fuga cidade momentânea. Não se juntaram por acaso – escolheram-se.Tiveram suficientes bandas, passaram por experiências musicais q.b. para que, no momento de, qual ritual de acasalamento, seleccionarem o parceiro ideal o fizessem como saber acumulado responsável por: a) olhar em para trás e verem no outro a cumplicidade que nunca tinham conseguido repetir daí em diante; b) terem o discernimento de perceber que a música se podefazeradoisenãoobrigatoriamenteaquatrooucinco.PedroeJoãoconheceram-seaos15anos,alturaemqueavontadedepegarnumaguitarrapartiadomesmomovimentoascendentedequerertreparatésonhosdereconhecimento,feitosartísticos,plateiasemdelírioerendidasacançõestãoimportantesquantoaprópriavida.Quando,passadoumlongohiatoemqueaamizadeficouemlumebrando,osdoisvoltaramaencontrar-se,foitambémesselastrodesonhoamparadoagorapelamaturidadeareacendernosdoiseagrudar-senascançõesnascentes.Depois,comorgulhodepais,foiadubar-lhesocaminhoaessascançõesevê-lascrescer,quereremsairdecasa,resmungarematodahora,tornarem-seautónomasesójáprecisaremdelesparaqueomundonãoasestranheemdemasia.