João Paulo Janeiro

 

Intérprete de instrumentos de tecla históricos, João Paulo Janeiro divide a sua actividade profissional entre a investigação, concertos, gravações e a docência.

Fez a sua formação em Lisboa, onde completou os estudos em cravo, órgão, clavicórdio e musicologia histórica.

Fundou e dirige os agrupamentos Flores de Mvsica, Capella Joanina e Concerto Ibérico, com os quais tem difundido activamente os repertórios ibéricos dos séculos 16 a 19 em concertos, gravações de CD, conferências e masterclasses, tendo realizado várias estreias modernas de obras de compositores portugueses.

Participou em diversos festivais internacionais de música em Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, França e Suíça, tanto como cravista, organista e maestro e dirigido várias produções de ópera barroca de Monteverdi, Lully e Purcell em Portugal e Itália.

Desenvolveu projectos de cooperação musical na Noruega e na Islândia. Gravou vários CD a solo com os órgãos históricos da cidade de Évora, Torre de Moncorvo e Castelo Branco.

Orientou edições críticas de obras de João Baptista Avondano e Francisco António de Almeida; dirigiu as gravações de CD do Te Deum e da Grande Missa em Fá de Almeida, e do Matuttino de’ Morti de David Perez.

Gravou dois CD com o Avondano Ensemble dedicados às sonatas de João Baptista Avondano e à música de câmara de Pedro António Avondano. Prepara a edição crítica da primeira ópera de um compositor português: La Pazienza di Socrate de F. A. Almeida.

Tem trabalhado na reconstrução dos Concertos Grossos de Pereira da Costa, editados em Londres em 1741, para a gravação em CD e edição da partitura. Tem também promovido a difusão da obra de João Lourenço Rebelo em concertos, estágios internacionais em Espanha e Itália. Dirigiu a estreia moderna e gravou em CD as Vésperas da Beata Virgem Maria de Rebelo. Com Alto Patrocínio da Presidência da República, dirigiu a estreia moderna com instrumentos da época do Requiem de João Domingos Bomtempo, que gravou também em CD. Paralelamente, gravou para CD a Paixão Segundo São João de Johann Sebastian Bach com o Concerto Ibérico e as Sonatas de Johann Ernst Galliard com o agrupamento Contágio Barroco. Dirigiu a Paixão Segundo São Mateus de J. S. Bach, pela primeira vez em 2019.

Concebeu os projectos e dirige os festivais de música antiga West Coast e SIMA, por onde têm passado alguns dos melhores intérpretes internacionais na área da música antiga. Realizou o Inventário de Órgãos Históricos do Alentejo e coordenou processos de restauro para o Ministério da Cultura. Concebeu e dirige os CIMA – Cursos Internacionais de Música Antiga.

Lecciona cravo, música de câmara e baixo contínuo e as classes de interpretação histórica na ESART-IPCB e de órgão na EMNSC. Tem difundido os instrumentos de tecla históricos e a performance histórica, em concertos e masterclasses de cravo, baixo contínuo e orquestra barroca em Portugal e em Itália.

É presidente da MAAC, membro fundador do CESEM (FCSH-UNL) e da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música (SPIM). Tem apresentado comunicações e publicado artigos na área da organologia e música barroca portuguesa.

Discos