Inês Simões & Daniel Godinho (Duo Tágide)

 

Inês Simões
Com o seu timbre inconfundivelmente rico e luminoso, a soprano spinto portuguesa Inês Simões é conhecida pelas suas interpretações de música contemporânea, incluindo novas encomendas de repertório operático, sinfónico, eletrónico e de música de câmara.
Inês é metade do Duo Tágide, cuja programação arrojada engloba obras do passado e do presente, bem como um espaço dedicado às canções portuguesas.
Para 2022, estão previstas novas colaborações em música de câmara: com a guitarrista russa Irina Kulikova, focando repertório com influências espanholas e portuguesas; e com o flautista brasileiro James Strauss, trazendo à luz repertório dos últimos 100 anos para este invulgar duo, num novo lançamento de CD. Inês preparará também o segundo CD do Duo Tágide. Depois do primeiro álbum, Alma Ibérica, que deu a conhecer a canção de arte ibérica, este novo registo será dedicado a ciclos de canções de compositores portugueses do século XXI.
Os destaques dos concertos incluem a estreia de Inês Simões na Fundação Gulbenkian, um concerto de força-tarefa onde estreou seis novas obras com a Orquestra Gulbenkian dirigida por Magnus Lindberg. Posteriormente, foi convidada a regressar para estrear a ópera Play de Jamie Man, dirigida por Hannu Lintu, e para cantar ao lado de Iestyn Davies em Solomon e The Messiah de Handel. Tem uma colaboração regular com a Miso Music, que encomendou novas obras especialmente para ela. Inês já actuou com orquestras como a Camerata Royal Concertgebouw Orchestra, e cantou no Festival Dias da Música, Oxford Lieder Festival, BBC Radio 3 In Tune, e na Rádio Antena 2.
A par de estreias mundiais de obras como A Canção do Bandido de Nuno Côrte-Real (coprodução Teatro Nacional de São Carlos e Teatro Trindade) e Tabacaria e Flores do Mal de Luís Soldado (Inestética), Inês orgulha-se de ter cantado em estreias portuguesas das óperas Onheama de João Guilherme Ripper (coprodução Teatro Nacional de São Carlos e Festival Terras Sem Sombra), King Harald’s Saga de Judith Weir, The Waiter’s Revenge de Stephen Oliver e Hummus de Zad Moultaka.
Após a maternidade, a voz de Inês abriu-se às possibilidades do repertório de soprano spinto, permitindo-lhe aprofundar o repertório germânico de compositores como Richard Wagner (os Wesendonck Lieder figuram regularmente nos seus concertos), Richard Strauss (com os papéis de Salomé e Chrysothemis acrescentados ao seu repertório) e Alban Berg, cuja Suite Wozzeck, sob a batuta de Sian Edwards, lançou a sua estreia no Barbican Hall.

Daniel Godinho
Estudou na Escola Superior de Música de Lisboa e na Academia Nacional Superior de Orquestra, onde foi aluno de Alexei Eremine.
Entre 2007 e 2008 frequentou as International Lied Masterclasses no Conservatório de Amesterdão e em 2010 a Deutsche Lied Akademie em Trossingen.
Tem tido oportunidade de se aperfeiçoar com importantes músicos como Rudolf Jansen, Axel Bauni, Eugene Asti, Udo Reinemann, Jan Philip Schulze, David Selig, Sarah Walker, entre outros.
A sua paixão pela música vocal e coral têm-no levado a colaborar com vários coros, nomeadamente o Coro Gulbenkian, e a desenvolver um trabalho contínuo com o soprano Inês Simões, explorando um repertório de canção muito abrangente.
Foi pianista acompanhador no Instituto Piaget e na Escola Superior de Música de Lisboa e é atualmente professor na Escola de Música do Conservatório Nacional e na Escola de Música Nossa Senhora do Cabo.
Tem acompanhado em concursos importantes, como o Prémio Jovens Músicos, o Prémio de Interpretação do Estoril e o Concurso de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa.
É, desde 2009, acompanhador do Festival Vocalize, em Almada.
Daniel Godinho apresentou-se como pianista em Portugal, Espanha e Holanda, e em importantes eventos tais como o Festival Internacional de Música de Mafra, o Festival das Artes de Coimbra, o Festival CisterMúsica de Alcobaça e ainda em concertos para a Antena 2.
No outono de 2014 foi editado pela Numérica o seu primeiro CD com Inês Simões, dedicado ao repertório ibérico.

Discos