Dany Silva

 

ARTISTA0089 - Dany Silva

Dany Silva (Daniel Pereira da Rocha e Silva) é um músico, cantor e compositor nascido na Cidade da Praia, Cabo Verde.
Em 1961 fixou-se em Portugal, onde chegou aos 16 anos para estudar na Escola de Regentes Agrícolas de Santarém. Aprendera a tocar violão com o seu pai, ainda em Cabo Verde, e no meio estudantil rapidamente se destacou como músico.
Tocou viola baixo e cantou no grupo Os Charruas, um agrupamento surgido no seio daquela escola e que, na década de 60 do século XX, marcou as batidas do «ié-ié» nacional ao lado de nomes como os Sheiks e Vítor Gomes e os Gatos Pretos.
Dany conciliou os estudos e a música, profissionalizando-se enquanto artista e formando-se como Engenheiro Técnico Agrário. Depois d’Os Charruas, entrou para o Quinteto Académico + 2, onde tocou com Mike Sergeant, entre outros. Depois tocou com os Four Kings.
Finalmente, em 1979 gravou o single “Feel Good”, na Discos Monte Cara, uma editora criada pelo seu conterrâneo Bana. O single fez um percurso pelas rádios, chegando a ser tocado no “Rock Em Stock”, um programa mítico da Rádio Comercial que teve como apresentadores Luís Filipe Barros, Ana Bola e Rui Morrison.
A seguir surgiu a formação Dany Silva & Bandássanhá, cujo primeiro disco foi “Branco, Tinto e Jeropiga”. Seguiu-se “Estou farto”. Dany gravou também um máxi-single com as faixas “(Com Elas) Crioula de S. Bento”, “(Aqui É) Terra de Fé” e “Pois É… (A Vida)”.
O álbum “Lua Vagabunda” foi editado em 1986, que contou com a colaboração Rui Veloso e Zé Moz Carrapa e incluiu temas como “Banhada” e “Nha Mudjé”.
Entre meados e o final da década de 80, Dany Silva geriu os espaços musicais cabo-verdianos em Lisboa Clave de Tó, Clave di Nôs e Pilon, que se tornaram referencias na noite lisboeta.
Até essa altura gravara apenas em português e decide empreender um regresso às origens, começando a gravar em crioulo cabo-verdiano. Lançou o álbum “Sodadi Funaná”, em 1991 e, três anos depois, a antologia “As Melhores de Dany Silva” com 16 músicas, das quais três inéditas. No total gravou seis álbuns em crioulo, abrindo sempre espaço para duetos com colegas portugueses, como Sérgio Godinho e Carlos do Carmo. Outros títulos incluem “Tradiçon”, “Caminho Longi”, “Pensa Nisto!”.
Em 2018 comemorou 40 anos de carreia, tendo lançado “Canções da Minha Vida”, uma compilação de alguns dos seus maiores êxitos, agora regravados em dueto, e na companhia de alguns dos seus mais importantes companheiros desta viagem: entre os quais Jorge Palma, Rui Veloso Nancy Vieira, Carlos do Carmo, Paulo de Carvalho ou Tito Paris.
Dany Silva é um dos grandes promotores da música Cabo Verdiana no mundo, e por isso tem sido agraciado com vários prémios, por exemplo o Prémio Carreira 2019 da CMVA (Cabo Verde Music Awards).

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