Anne Victorino D’Almeida

 

A violinista e compositora Anne Victorino d’Almeida nasceu em Poissy, França, em 1978. Demonstrou, desde muito cedo, o interesse em estudar as artes musicais, tendo começado a frequentar aulas de piano aos quatro anos de idade, em Viena de Áustria, onde vivia.

Já em Portugal, aos 7 anos, ingressou na Fundação Musical dos Amigos das Crianças, onde, durante 11 anos, estudou violino, terminando o 8.º grau nesse estabelecimento.

Após um percurso académico partilhado entre Portugal e França, a artista terminou, em 2003, a licenciatura na Academia Nacional Superior de Orquestra, onde posteriormente frequentou o curso de direção de orquestra.

Ao longo da sua carreira, participou em várias orquestras, com destaque para a Metropolitana de Lisboa, Sinfonietta e Gulbenkian.

Foi igualmente uma das responsáveis pela criação do Quarteto do Conservatório Nacional, no qual tem igualmente colaborado em vários concertos.

Em 2015, o Ciclo de Música Contemporânea da Guarda incluiu a estreia de várias obras pelo Síntese – Grupo e Música Contemporânea da Guarda, escritas pelos compositores Fernando Lapa, Jaime Reis e Anne Victorino d’Almeida.

Também colaborou na fundação do Rumus Ensemble e do Quarteto Camões, desde 2015, e do Quarteto Lopes-Graça, entre 2004 e 2014. Participou como compositora residente no Festival Gravíssimo, em 2017.

Em 2019 lançou um disco de música de câmara, “A Sombra dos Sentidos”, apoiado pela Fundação GDA. Em maio desse ano, recebeu o prémio americano Harvey Phillips for Composition Excellence, pela sua obra Contos & Improvisos.

Anne Victorino d’Almeida foi igualmente responsável pela produção de várias bandas sonoras, em colaboração com o encenador Jorge Parente, tendo sido agraciada com o prémio de melhor proposta musical no âmbito do concurso Teatro na Década 97.

Também escreveu a música para várias peças de Florbela Oliveira, e em 2006 compôs a banda sonora para o documentário Cartas a uma Ditadura, de Inês de Medeiros.

Produziu a música para diversas peças encenadas no Instituto Português da Juventude e nos Teatros da Comuna e no da Trindade.

A partir de 2000 também trabalhou como professora de violino, tendo passando pelo Conservatório Metropolitano de Música de Lisboa, Conservatório de Alcobaça, Escola de Música do Conservatório Nacional, entre outros estabelecimentos. Em 2016, tornou-se professora na Academia Musical dos Amigos das Crianças, onde ela própria aprendeu.

Em 2017 ocupou a posição de diretora-adjunta do Conservatório Nacional. Também trabalhou como professora de música no Brasil e em Moçambique. Em 2019 foi nomeada para vogal do conselho de administração da empresa pública Organismo de Produção Artística (OPART), responsável pela gestão do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) e da Companhia Nacional de Bailado.

Anne Victorino d’Almeida é a filha mais nova de Anne Victorino d’Almeida e Sybil Harlé, sendo irmã das atrizes Maria e Inês de Medeiros.

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